Arquivo mensal: julho 2008

Muito futebol, não é Kobe?

Em entrevista dada essa semana, publicada na última terça-feira no portal Terra, Kobe Bryant se declarou fã do futebol brasileiro. Classificou jogadores como Kaká, Robinho e Ronaldinho como “fabulosos”, e disse que espera ter uma oportunidade de ver uma partida do último e também de Marta, que Kobe disse ser uma das atletas que ele gosta de assistir.

E, em meio a elogios, Kobe também disse, sorrindo, ser “too much soccer” o problema do basquete brasileiro. Elogiou muito Varejão, Nenê e principalmente Leandrinho, disse que o problema pelo que Brasil passa é apenas uma má fase, e que, após essa mudança de técnico, as coisas levarão um pouquinho de tempo para se acertar.

É de se admirar que um astro da magnitude de Kobe Bryant saiba tantas coisas sobre o esporte brasileiro. Ele lembrou da época em que, morando na Itália, viu Oscar atuar, e disse que o brasileiro é um dos seus ídolos no esporte, lamentando que pouca gente nos Estados Unidos saiba o que ele realmente representa para o basquete mundial. Em um meio de tantas vaidades como a NBA é, Kobe mostrou humildade para mostrar o conhecimento que tem sobre o esporte brasileiro.

E você, fã de esportes do Brasil? O que sabe sobre as chances do nosso esporte para as Olimpíadas de Pequim? Aposto que sabe que Ronaldinho jogará no ataque, ao lado de Pato; sabe que Diego e Rafinha foram liberados pela FIFA para atuar na competição e que, em amistoso preparatório, vencemos Cingapura por 3×0. Daiane dos Santos? Diego Hipólito? Robert Scheidt? Talvez nosso problema realmente seja “too much soccer”.

E enquanto as trancinhas de Ronaldinho, Anderson, Jô e Breno ocupam as manchetes esportivas, o basquete ganha espaço apenas com “Seleção feminina é derrotada pela Austrália” e “Leandrinho se diz magoado com Oscar”. Too much soccer…

EUA de volta ao topo do mundo!

Com mais de 2 meses ainda para o início da temporada regular da NBA e com o mundo girando em torno de Pequim-2008, não podia deixar de comentar um pouco sobre o torneio de basquete olímpico, mesmo depois da grande cobertura já realizada pelo nosso site.

Na minha modesta opinião, essa olímpiada será um verdadeiro passeio da equipe americana, com vitórias tranquilas sobre quaisquer adversários. Nada comparado ao time de Barcelona-1992, mas não terão problemas para derrotar ninguém. O vice-campeonato será disputado por várias equipes. Incluo nessa briga Argentina, Grécia, Rússia e Espanha. Lituânia e Croácia correndo por fora na briga por medalhas. O restante vai a China a passeio.

Das 6 postulantes à medalhas de prata e bronze, creio que a mais forte delas é a Espanha. Com uma base experiente, a equipe espanhola é fortíssima; com diversos jogadores com passagens pela NBA, será dificíl tirar a Espanha do pódio. A Argentina vem um pouco mais fraca do que em outras competições, e acho que não será nada fácil ficar entre as 3 primeiras, já que a forte equipe grega é um time muito cascudo, experiente, e que realiza uma marcação sob pressão quadra toda realmente impressionante. A Grécia é a equipe que joga o basquetebol mais tático no mundo de hoje em dia. Realmente dá gosto de ver a equipe em quadra. Outra equipe que vem de bons resultados é a Rússia. Porém, apesar disso, não acho que esteja no mesmo nível de Espanha e Grécia, embora tenha conquistado o Europeu de Seleções. Contar com Kirilenko não é uma garantia, e acho que como equipe acaba devendo em relação à Espanha e Grécia.

Correndo por fora, Lituânia e Croácia. A Lituânia, que conseguiu um bela classificação no Europeu não me enche os olhos, mas pode pintar como surpresa no pódio, embora não possua muitos jogadores de destaque no cenário internacional. Já a Croácia, apesar de uma inesperada derrota para o Brasil em um torneio preparatório, realizou um bom pré olímpico e chega com moral na Olimpíada. Um 6º lugar seria um lugar normal para a equipe croata, mas não nos surpreendamos se ela aparecer com uma medalha de bronze.

Das demais seleções, só acredito mesmo numa possível mas remota surpresa da equipe alemã, com seu ótimo pivô, recém naturalizado, Chris Kaman, e o excelente Dirk Nowitzki. Angola, Irã, Nova Zelândia, China e Austrália vaõ a Pequim a passeio.

Agora é esperar o torneio começar e minhas previsões serem postas à prova!

Até Pequim!

Veteranos continuam em pauta

Agentes livres irrestritos que atuaram na última temporada pelo San Antonio Spurs, o ala Michael Finley e o ala-pivô Robert Horry, ambos jogadores veteranos, continuam nos planos da equipe texana para fazerem parte de seu plantel na próxima temporada. As negociações com ambos ainda não foram abertas, mas o general manager do Spurs, RC Buford, afirmou que há grande interesse na renovação dos dois contratos.

E pelo lado dos jogadores também parece haver interesse na permanência pelos lados do Texas. O agente de Finley, Henry Thomas, afirmou no último final de semana que permanecer no Spurs é a prioridade de seu agenciado: “Recebemos propostas da Europa e sabemos que há o interesse de outros times, mas permanecer no Spurs é o grande desejo do Michael. Lá ele conseguiu realizar seu maior sonho, que era conquistar um anel de campeão. O Fin é muito feliz lá” afirmou Thomas.

Enquanto isso, Horry ainda não fez pronunciamento oficial em relação a seu futuro, mas fontes próximas ao jogador afirmam que caso o ele decida continuar jogando seu destino deve mesmo ser uma aposentadoria no Texas na próxima temporada. Mesmo assim, as negociações com o jogador heptacampeão da NBA estão menos adiantadas do que as com Finley.

Pequim 2008 – Rússia

Rússia

A Rússia vai a Pequim com o objetivo de reviver os tempos de União Soviética, quando o país era uma potência no basquete e ganhou nove medalhas no esporte. A tarefa não será fácil e o retrospecto recente da seleção nos Jogos Olímpicos mostra isso. Desde que a União Soviética deixou de existir, sua seleção masculina de basquete participou de apenas uma Olimpíada. Mas a seleção desse ano é muito boa e pode surpreender.

Participações em Olimpíadas: 2000 e 2008

Melhor participação: ouro em 1972 e 1988 (como União Soviética). Oitavo lugar em 2000 (como Rússia)

Grandes feitos no basquete: campeã no europeu de 2007

Participações em mundiais: 1994, 1998 e 2002

Melhor participação: segundo lugar em 1994 e 1998

Os convocados

Pivô – Sasha Kaun (CSKA Moscou)

Pivô – Aleksey Savrasenko (CSKA Moscou)

Pivô – Nikita Morgunov (Lokomotiv Rostov)

Ala-pivô – Andrei Kirilenko (Utah Jazz)

Ala-pivô – Andrey Vorontsevich (CSKA Moscou)

Ala – Vitali Fridzon (Khimki)

Ala – Sergei Monia (Dynamo Moscou)

Ala-armador – Zakhar Pashutin (Spartak São Petesburgo)

Ala-armador – Viktor Keirou (CSKA Moscou)

Armador – Jon Robert Holden (CSKA Moscou)

Armador – Sergei Bykov (Dynamo Moscou)

Armador – Petr Samoylenko (Dynamo Moscou)

Onde a Rússia pode chegar?

A seleção russa pode ser uma surpresa e surpreender grandes como Grécia, Argentina, EUA. Com um jogo de muita força física, conseguiram se classificar no campeonato europeu, sem precisar disputar a repescagem no pré-olímpico mundial, o que já os credita como uma potência a ser batida. Mas eles não se classificaram somente. A Rússia foi a campeã, deixando para trás seleções como Lituânia, Sérvia, Grécia e a campeã mundial, Espanha. Por isso não se surpreenda se eles conseguirem uma medalha.

A caminhada da Rússia

A Rússia chega à Olimpíada como campeã do europeu de 2007, garantindo assim automaticamente um lugar na competição, sem precisar passar pelo pré-olímpico mundial. No europeu, a seleção pegou um grupo teoricamente difícil, com Israel, Grécia e Sérvia. Mesmo assim, passou em primeiro lugar, vencendo os três jogos sem muitas dificuldades. Na fase final, as vitórias foram sobre a França, Lituânia e a campeã mundial Espanha na final, garantindo o título da competição.

Destaque

O principal destaque e único jogador da seleção russa a atuar na NBA é o ala-pivô do Utah Jazz Andrei Kirilenko. O jogador começou muito bem na NBA, chegando a ser apontado como o novo comandante do Jazz após Stockton e Malone deixarem o time. Entretanto, uma lesão no pulso na temporada 2004-2005 fez com que ele ficasse muito tempo parado. Em 2007, ajudou a seleção russa na conquista do europeu, sendo o cestinha da equipe com média de dezoito pontos. Além disso, suas belas atuações fizeram com que ele ficasse com o título de MVP do campeonato.

Pequim 2008 – Alemanha

Alemanha

A Alemanha chega a Pequim buscando surpreender os grandes e beliscar um lugar no pódio. Para isso, espera contar com grandes atuações de seus astros da NBA: Chris Kaman, do Los Angeles Clippers e, principalmente, Dirk Nowitzki, seu principal jogador e astro do Dallas Mavericks. Para isso, precisará ficar entre os quatro primeiros em um grupo que conta com Grécia, EUA, Espanha, Angola e China, sendo os anfitriões seus principais adversários na disputa pela quarta vaga.

Participações em Olimpíadas: 1936, 1972, 1984, 1992 e 2008

Melhor Participação: sétimo colocado em 1992

Grandes feitos no basquete: campeão europeu em 1993

Participações em mundiais: 1986, 1994, 2002, 2006

Melhor participação: terceiro colocado em 2002

Os convocados

Pivô – Chris Kaman (Los Angeles Clippers)

Pivô – Patrick Femerling (ALBA Berlim)

Ala-pivô – Dirk Nowitzki (Dallas Mavericks)

Ala-pivô – Tim Ohlbrecht (Brose Baskets)

Ala-pivô – Sven Schultze (Pallalcesto Amatore Udine)

Ala-pivô – Jan Jagla (Joventut Badalona)

Ala – Philip Zwiener (ALBA Berlim)

Ala – Konrad Wysocki (Deutsche Bank Skyliners)

Ala-armador – Robert Garrett (Brose Baskets)

Ala-armador – Steffen Hamann (Brose Baskets)

Armador – Pascal Roller (Deutsche Bank Skyliners)

Armador – Demond Greene (Brose Baskets)

Onde a Alemanha pode chegar?

A Alemanha deverá lutar para se classificar na quarta colocação com a seleção chinesa, mas não deve passar das quartas de final. Seu jogo depede muito de seu garrafão, principalmente de Nowitzki, que pode atuar também como ala. Entretanto, com o decorrer da competição, o nível dos adversários deve crescer, fazendo com que a marcação nele melhore. Nesse momento, os outros jogadores deverão aparecer, mas a qualidade deles não é a mesma.

A caminhada da Alemanha

Após ser eliminada pela Espanha nas quartas de final do campeonato europeu e ficar na quinta colocação, a Alemanha chegou ao pré-olímpico mundial como um dos fortes candidatos a conquistar a vaga olímpica. Depois de passar por um grupo com Nova Zelândia e Cabo Verde e pelo Brasil nas quartas, a seleção alemã perdeu para a Croácia na semifinal e só conseguiu confirmar sua classificação contra Porto Rico.

Destaque

Grande destaque do Dallas Mavericks na NBA, Dirk Nowitzki é a arma da Alemanha para tentar uma medalha olímpica em Pequim. O ala-pivô foi draftado em 1998 pelo Milwaukee Bucks, mas foi rapidamente trocado e foi para o Mavs. Com a melhora do time após a chegada do milionário Mark Cuban ao time, Nowitzki rapidamente se tornou o líder da equipe. Foi eleito o MVP do mundial de basquete em 2002, do europeu em 2005 e da NBA em 2007. É conhecido por sua versatilidade e agilidade, apesar de sua altura, além de seus ótimos arremessos.