Arquivo mensal: março 2010

Spurs (44-29) vs Rockets (37-36) – Temporada Regular

Robson Kobayashi

San Antonio Spurs vs Houston Rockets – Temporada Regular

Data: 31/03/2010

Horário: 21:30 (Horário de Brasília)

Local: AT&T Center

Situação do Jogo

Após a vergonhosa derrota para o Nets, time com pior campanha na temporada, o Spurs volta para casa para receber o Rockets, que venceu na noite de ontem o Wizards. No início do mês, realizei uma análise da agenda de jogos do nosso time, mas atualmente a nossa equipe só precisa vencer os duelos contra os concorrentes diretos, Houston e Memphis, para garantir a vaga dos playoffs.

Confrontos na temporada (1-2)

27/11/2009 – Spurs 92 @ 84 Rockets

O Spurs conquistou a sua primeira vitória fora de casa, e parecia ter encontrado o caminho das pedras. Além de Duncan e Parker, McDyess foi destaque com 15 pontos e 14 rebotes.

22/01/2010 – Spurs 109 vs. 116 Rockets

O Spurs começou muito bem a partida. Contudo, fez um péssimo segundo tempo, permitindo a virada de seu rival, e acabou sendo derrotado dentro de casa pelo Rockets.

26/02/2010 – San Antonio Spurs 104 @ 109 Rockets

Três jogadores do time adversário anotaram pelo menos 30 pontos, acabando com qualquer chance do nosso time.
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San Antonio Spurs

PG – George Hill

SG – Keith Bogans/Manu Ginobili

SF – Richard Jefferson

PF – Tim Duncan

C – DeJuan Blair

Fique de olho – Manu sentiu fortes dores nas costas e pode ser poupado em mais um jogo. O escolhido como “Jogador da Semana da Conferência Oeste” teve médias de 25.8 pontos, cinco assistências e 4.5 rebotes na semana anterior.
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PG – Aaron Brooks

SG – Jermaine Taylor

SF – Trevor Ariza

PF – Luis Scola

C – Chuck Hayes

Fique de olho – O pivô argentino anotou 61 pontos e 34 rebotes nos três confrontos ocorridos na temporada, e merece atenção especial.

Ginobili deve retornar contra o Rockets

Poupado na derrota para o New Jersey Nets por conta de dores nas costas, o ala argentino Manu Ginobili disse nesta terça-feira que deve voltar para o duelo contra o Houston Rockets nesta quarta.

Sem o camisa #20, o San Antonio Spurs teve muitas dificuldades contra o pior time da temporada. Faltou aquele alguém que pudesse decidir o jogo a qualquer momento – como Manu vem fazendo nos últimos embates.

Enquanto o argentino volta, quem deverá ficar um tempinho no estaleiro é o ala-armador Roger Mason Jr., que agravou um antigo problema no punho. Desta maneira, o provável quinteto titular para o duelo contra os rivais texanos será: George Hill (PG), Manu Ginobili (SG), Richard Jefferson (SF), Tim Duncan (PF) e Antonio McDyess (C).

Os desgastantes 82 jogos

Greg Oden fora da temporada. Cena comum...

Caros leitores, antes de mais nada, eu gostaria de pedir desculpas a vocês pela minha ausência nesta coluna na semana passada. Como todos sabem, temos uma vida fora do blog e, infelizmente, não podemos nos dedicar exclusivamente a este espaço. Devido a alguns imprevistos, não tive o tempo necessário para elaborar meu texto, então peço desculpas a todos.

Mas, de volta ao universo da NBA, já há algum tempo estive refletindo sobre a extenuante rotina de jogos da NBA. São 82 jogos em um período que vai de novembro até, mais ou menos, o meio de abril. Isso só na temporada regular, fora os jogos dos playoffs, que podem somar outros 28, caso a equipe chegue à final disputando sete jogos em todas as séries.

Por mais que os jogadores sejam preparados para suportar esta maratona de jogos, chega até a ser desumano tamanho número de jogos e tamanha exigência das partidas. Se em nosso querido futebol os jogadores reclamam de entrar em campo duas vezes por semana, o que dizer da NBA, onde os atletas jogam até quatro vezes neste período? E o pior; muitas vezes atuam em dias seguidos.

Juntando isso ao grande número de viagens, já que os Estados Unidos possuem vasto território e com equipes espalhadas em diversas áreas, o resultado são as inúmeras lesões que os jogadores sofrem e a queda de rendimento das equipes, devido ao desgaste físico.

No caso do Spurs, temos vários exemplos. Tony Parker está fora até os playoffs devido devido a uma fratura na mão, mas chegou a perder alguns jogos da temporada com dores no pé e problemas no tornozelo. Manu Ginobili também; durante quase duas temporadas, sofreu com probelams nos tornozelos. Tim Duncan tem as dores no joelho que insistem em pertubá-lo. Isso sem falar de outros casos de jogadores que ficaram fora de algumas partidas desta temporada, como Roger Mason e Matt Bonner.

Pela NBA, temos outros exemplos. Talvez o mais claro seja o Portland TrailBlazers. Sem Greg Oden e Joel Przybilla, fora já há alguns meses, Travis Outlaw (que já foi trocado), Rudy Fernandez, Nicolas Batum e Brandon Roy já tiveram problemas físicos que os afastaram da equipe. Isso sem falar de outros casos históricos de jogadores que tiveram suas carreiras atrapalhadas pelas lesões, como Tracy McGrady e Grant Hill.

Perto dos 162 (!!!) jogos da MLB, liga de beisebol norte-americana, os 82 jogos da NBA parecem pouco, mas reparem que a NFL, liga de futebol americano, tem apenas 16 em sua temporada regular. Será que reduzir o número de jogos para 60, por exemplo, mudaria os classificados? Na minha opinião, não.

Basta olhar a tabela hoje e ver que os oito classificados já estão praticamente definidos, exceto a última vaga do Leste, e dificilmente grandes mudanças vão acontecer na tabela. Quem hoje está lá em cima, continuará lá em cima nos próximos jogos e também já estava lá em cima há dez jogos. Quem estava em baixo, a mesma coisa.

Sei que os interesses comerciais da liga são grandes, claro. Mais jogos geram mais pessoas nos ginásios, mais transmissões de TV, mais dinheiro… Mas nem sempre os interesses financeiros podem se sobressair sobre o espetáculo. Queremos ver nossos ídolos inteiros em quadra, e não nos departamentos médicos ou entrando em quadra em frangalhos.

Spurs (44-29) @ Nets (10-64) – Salto alto dá nisso…

San Antonio Spurs84X90

O cenário estava armado perfeitamente para o San Antonio Spurs vencer o New Jersey Nets e embalar sua terceira vitória consecutiva na temporada. Mesmo sem o argentino Manu Ginobili – poupado por conta de uma dor nas costas -, os torcedores estavam confiantes no triunfo.

Gigantes em noites distintas... (Foto por Nathaniel S. Butler/NBAE via Getty Images)

Tanta confiança, no entanto, parece ter traído os próprios comandados de Gregg Popovich, que atuaram de modo descompromissado. Foi até ridículo ver aquele último quarto. Foi ridículo ver o time achando que ia ganhar facilmente no momento que quisesse. O Nets, apesar da péssima campanha que vem fazendo, merecia um pouco mais de respeito.

Vamos por partes…

DeJuan Blair merecia mais uns minutinhos (Foto por Nathaniel S. Butler/NBAE via Getty Images)

Tim Duncan está visivelmente esgotado fisicamente. Ele tem dificuldades para acompanhar jogadores mais jovens, para se movimentar… no duelo de hoje, seu cansaço ficou evidente, especialmente no período final, quando ele desperdiçou duas posses de bola cruciais – a última delas poderia dar o empate aos texanos.

Assim, a pergunta que fica é: por que não poupá-lo? Gregg Popovich adora cantar aos quatro ventos que seu melhor jogador precisa chegar inteiro à pós-temporada. Qual a melhor maneira de fazer isso? Poupando Duncan nos jogos em sequência contra times mais fracos, como é o caso do New Jersey Nets.

Eu me lembro disso ter acontecido somente duas vezes em 2009/2010. Um jogo contra o Oklahoma City Thunder – logo depois da vitória sobre o Lakers -, e um outro duelo contra o New Jersey Nets – que o Ian Mahinmi entrou e acabou com o jogo.

Hoje, mais uma vez diante do Nets, Duncan poderia claramente vestir seu terno e sua gravata e ficar sentadinho no banco de reservas ao lado do Ginobili. DeJuan Blair – que teve seus minutos reduzidos de uns tempos para cá (se bem conhecemos Popovich, sabemos que isso é normal) – poderia belamente dar conta do recado com seu vigor físico. O mesmo vale para o francês Mahinmi, que poderia lograr uns minutinhos e fazer seu estrago.

Tudo bem… Duncan jogou, foi mal, mas isso é o de menos. Ele e o Pop têm crédito de sobra. Contudo, há outras coisas que vêm me irritando bastante. Uma delas atende pelo nome de Matt Bonner. Reconheço aqui neste espaço que ele melhorou muito desde que chegou. O ruivo, que antes só sabia arremessar de três, aprendeu a se movimentar e agora até se arrisca a infiltrar.

Terrence Williams mostra como se faz (Foto por Nathaniel S. Butler/NBAE via Getty Images)

No entanto, é inadmissível que ele arremesse todas as bolas que ganha. Se há uma coisa que ainda falta muito no nosso camisa #15 é visão de jogo, porque na maioria vezes ele prefere chutar a passar a bola para um companheiro completamente livre. Ou ele é faminto por pontos, ou burro…

Apesar do desabafo, é bom deixar claro que essa derrota pouco influi no seguimento do San Antonio Spurs na temporada. Como disse nas linhas acima, a principal causa do revés, ao meu ver, foi o salto alto da maioria dos jogadores, que acharam que poderiam triunfar a qualquer momento. Desta maneira, fica aqui o meu legítimo bem-feito! Só apanhando é que o time vai aprender.

Bom… a derrota pelo menos tem um lado nostálgico. Quem acompanha o Spurs há mais tempo sabe que era comum acontecer esse tipo de coisa na época gloriosa. San Antonio batia em todos os grandes e quando ia pegar um Milwaukee Bucks da vida era derrotado. De certa forma, tropeços acontecem…

Veja os melhores momentos da partida

Destaques da Partida

San Antonio Spurs

George Hill – 19 pontos, quatro rebotes e três assistências

Richard Jefferson – 16 pontos, cinco rebotes e cinco assistências

Tim Duncan – 13 pontos, 12 rebotes e quatro assistências

DeJuan Blair – 11 pontos e 11 rebotes em 17 minutos

New Jersey Nets

Brook Lopez – 22 pontos e 12 rebotes

Courtney Lee – 19 pontos e seis rebotes

Devin Harris – 17 pontos e nove assistências

Ginobili nomeado jogador da semana

Foto por Andrew D. Bernstein/NBAE via Getty Images

O ala-armador argentino do San Antonio Spurs Manu Ginobili foi nomeado o jogador da semana pela Conferência Oeste, graças às partidas entre 22 e 28 de março.

Ginobili teve médias de 25.8 pontos – quarto entre os líderes no quesito da conferência Oeste – cinco assistências e 4.5 rebotes, levando o Spurs a uma campanha de três vitórias em quatro jogos. O argentino anotou 20 ou mais pontos em todos os jogos, incluindo 30 pontos na vitória sobre o líder da conferência Leste, o Cleveland Cavaliers, e fez pelo menos cinco assistências em três partidas.

Veja a performance de Manu nesta semana:

22/03 @ Oklahoma City: Anotou 21 pontos, cinco rebotes, cinco assistências, dois roubos de bola e um bloqueio na vitória do Spurs por 99 a 96.

24/03 vs. Lakers: O argentino adicionou 24 pontos, quatro rebotes e duas assistências na derrota para o Lakers em 83 a 92.

26/03 vs. Cleveland: Converteu dez de 19 arremessos de quadra, inculindo três em cinco dos três pontos, fazendo 30 pontos, seis rebotes e seis assistências na conquista por 102 a 97.

28/03 @ Boston: Marcou 28 pontos, deu sete assistências e pegou três rebotes em mais uma vitória por 94 a 73.

Pela conferência Leste, o escolhido foi o ala-armador Dwayne Wade, do Miami Heat