Arquivo da categoria: Playoffs 2010
O líder e suas diversas facetas
Líder? Semideus? Deus? Mero mortal ou pipoqueiro?
Este é LeBron James, em várias de suas facetas. Elas foram vividas em toda a temporada da NBA.
De início, o personagem semideus, recém-chegado de uma temporada brilhante, coroada com o título de melhor jogador.
O título, contudo, ficou para a próxima. Sem antídoto para Dwight Howard, LeBron e sua trupe pararam no Orlando Magic, que foi à final e fez bons jogos contra o Los Angeles Lakers.
O astro foi perdoado. A culpa, em sua grande parte, foi carregada por outras costas, embora alguns já o olhassem com um ar de desconfiança.
Deus; esse foi LeBron James ao término desta temporada.
Ele jogou muito, muito mesmo. Fez de tudo, eu diria; um verdadeiro craque. Ao término da época, mais uma vez, veio o troféu de MVP – um marco na carreira de qualquer jogador.
Nos playoffs, o camisa #23 mostrou sua faceta de líder. Passou pelo Chicago Bulls sem deixar rastros, jogando o mesmo basquete que o credenciara ao prêmio de melhor atleta da temporada.
Na fase seguinte estava lá o experiente Boston Celtics. Será que o trio de velhinhos seria páreo para King James, como o mesmo gosta de se intitular?
A resposta veio em quadra. Quem apareceu para o jogo? Ray Allen e Rajon Rondo.
E LeBron James? Foi anulado, se escondeu…
A responsabilidade pesou. Na hora “H”, muitos passes, pouca iniciativa. É bem verdade que Ray Allen o marcou como poucos. Aliás, o Boston Celtics soube como parar o badalado Cavs.
Rajon Rondo fez chover. Fez triple-double, passou muito, infiltrou muito. Deixou o técnico Mike Brown de “cabelos em pé”; entre aspas, porque Brown sequer possui um fio de cabelo.
Acanhado, LeBron James passou vergonha em casa, foi vaiado. Teve seu pior desempenho da carreira em playoffs sob os olhares atentos de seus entusiastas.
No jogo seguinte, o último da série, muitos abraços, um triplo-duplo, um adeus melancólico.
A passagem de LeBron James pelo Cleveland Cavaliers (se ele realmente trocar de equipe) será sempre lembrada com um asterisco.
“O novo Jordan que nunca venceu”, talvez fosse um título adequado.
James me decepcionou, decepcionou aos torcedores de Cleveland, a imprensa. O mundo esperava mais dele, que sucumbiu diante de um time que soube o que fazer em quadra.
Mas depois de tudo isso, vale crucificar o craque?
Ao meu ver será inútil. Há jogadores com mais culpa. Quando LeBron se omitiu, alguém precisava chamar a responsabilidade; ter, no linguajar popular, saco roxo…
O elenco do Cleveland Cavaliers é milionário. Será que alguém, além do camisa #23, estava impossibilitado de pontuar?
A culpa é de todos, claro, mas o asterisco do ano vai para LeBron James, um dos maiores jogadores que vi, um dos que mais me decepcionou.
Torço para ele vencer um dia. Espero vir aqui e escrever um belo texto criticando a mim mesmo, dizendo que eu estava errado.
Esse dia vai chegar? Quem sabe… só o tempo dirá.
Spurs (0) vs. Suns (4) – Um doloroso fim
101X107
O San Antonio Spurs lutou, mas não conseguiu evitar a derrota para o Phoenix Suns, sendo “varrido” pela equipe do Arizona, que venceu a série por 4 a 0 e avançou para as finais da conferência. Steve Nash, Amare Stoudemire e Jared Dudley comandaram o Phoenix na última partida do Spurs na temporada.

Nash, com um olho só, acabou com as esperanças do Spurs (Foto por D.Clarke Evans/NBAE via Getty Images)
A equipe titular do Spurs foi a mesma do Jogo 3, com Tony Parker como titular, que, mesmo sentindo dores, participou da partida e logo mostrou estar se sentindo muito bem, anotando seis pontos nos minutos iniciais. A defesa da equipe da casa funcionava, forçando vários arremessos errados do Suns, principalmente da linha dos três. Matt Bonner entrou em quadra e logo anotou sete pontos, o mesmo que Amare Stoudemire no primeiro quarto. Com o Phoenix acertando apenas 30% de seus arremessos, o San Antonio fechou à frente c0m 25 a 19.
Diferente do primeiro quarto, o Spurs não conseguiu mais segurar o ímpeto do time do Arizona, que conseguiu fazer o jogo que vem mostrando durante essa série. Os arremessos de três e a defesa começaram a funcionar para o Phoenix. O Spurs começou a cometer vários erros no ataque, totalizando oito no segundo período. Com isso o Suns, que acertou metade de suas tentativas no quarto, passou à frente no placar e foi para o intervalo a frente em 50 a 47.
No retorno do intervalo, o Suns continuava com o controle da partida. Contudo, na metade do terceiro quarto, em um lance de ataque com Tim Duncan, Nash levou uma pancada acidentalmente e teve o supercílio cortado, tendo que sair do jogo. Com a ausência do armador canadense, o Spurs conseguiu uma recuperação incrível, com uma corrida de 13 a 3, empatando em 64 a 64. Os dois times buscavam se distanciar na dianteira, mas não conseguiam. O San Antonio foi para a etapa final perdendo por 71 a 72.
No último período, Nash voltou à quadra com seis pontos e um olho direito bem inchado, mas comandou outro grande quarto período do Phoenix. Com dez pontos do canadense e 12 de Stoudemire, eles chegaram a conseguir uma liderança de dois dígitos. Faltando dois minutos para o fim do jogo, o Spurs ameaçou uma reação, comandada por seis pontos do até então sumido na série George Hill, ficando a dois pontos do Suns. Mas nas posses de bola seguinte, Manu Ginobili e Duncan erraram seus arremessos, e assim chegou ao fim a temporada do San Antonio Spurs, sendo eliminado na semifinal da conferência Oeste em quatro jogos pelo Phoenix Suns, tendo o Jogo 4 placar de 101 a 107.
Veja os melhores momentos da partida
Destaques da Partida
San Antonio Spurs
Tony Parker – 22 pontos, cinco assistências e 52,6% (10-19) nos arremessos de quadra
Tim Duncan – 17 pontos, oito rebotes e três bloqueios
George Hill – 17 pontos
Manu Ginobili – 15 pontos, nove assistências e cinco roubos de bola
Matt Bonner – 14 pontos
Richard Jefferson – 12 pontos e oito rebotes
Phoenix Suns
Amare Stoudemire – 29 pontos e 58,8% (10-17) nos arremessos de quadra
Steve Nash – 20 pontos e nove assistências
Jared Dudley – 16 pontos, seis rebotes, 85,7% (6-7) nos arremessos de quadra e 100% (3-3) nos arremessos de três pontos
Jason Richardson – 11 pontos e oito rebotes
Spurs (0) vs. Suns (3) – Semifinal de conferência
San Antonio Spurs vs. Phoenix Suns – Semifinal de conferência
Data: 09/05/2010
Horário: 21:00 (Horário de Brasília)
Local: AT&T Center
Situação do Jogo
O San Antonio Spurs vem para essa partida em uma situação complicada na série contra o Phoenix Suns. Agora é win or go home. Cada partida pode ser a última da equipe texana na temporada. Nenhum time até hoje na NBA virou uma série perdendo por 3 a 0. O Suns mostrou ter aprendido com as derrotas anteriores e os papéis se inverteram. A equipe do Arizona vem marcando muito bem, enquanto o San Antonio não consegue segurá-los, principalmente os armadores. O banco de Phoenix também vem sendo um grande diferencial, enquanto os coadjuvantes do Spurs não vêm tendo uma boa participação nessa série. O armador francês Tony Parker sentiu forte dores nas costas, ombro e cotovelo após uma queda durante o Jogo 3, mas após passar por mais exames, mesmo sentindo algumas dores, está confirmado para logo mais, e no time titular. O Phoenix pode contar com o retorno do pivô Robin Lopez, que ainda não esteve presente em nenhuma partida nos playoffs.
Série nos playoffs (0-3)
03/05/2010 – San Antonio Spurs 102 @ 111 Phoenix Suns
O trio Duncan-Parker-Ginobili teve boa atuação, mas não foi suficiente para vencer o Suns fora de casa no jogo 1 da série. A defesa não conseguiu parar Steve Nash e os arremessos de Jason Richardson castigaram o time texano, que ainda chegou a apertar o jogo no último quarto, mas saiu derrotado.
05/05/2010 – San Antonio Spurs 102 @ 110 Phoenix Suns
Spurs e Suns fizeram o jogo 2 da série e, embora o placar final tenha sido muito parecido, o que vimos foi uma partida com trajetória bem diferente da primeira. Dessa vez foram os texanos que lideraram durante quase todo o tempo e perderam a vantagem apenas nos momentos finais.
07/05/2010 – San Antonio Spurs 96 vs. 110 Phoenix Suns
Depois de liderar o placar por toda partida, o Spurs acabou sendo derrotado pelos Suns, que fez 39 pontos no último quarto, sendo 23 do esloveno Goran Dragic.
.
PG – Tony Parker/George Hill
SG – Manu Ginobili
SF – Richard Jefferson
PF – Tim Duncan
C – Antonio McDyess
Fique de Olho – O jovem armador ainda não conseguiu repetir suas boas atuações que teve na série contra o Dallas Mavericks, e mais do que nunca o time texano precisa de suas ajuda. Nesta série contra o Phoenix, Hill tem médias de 10,3 pontos, 29,6% nos arremessos de quadra e 20% nos arremessos de três pontos.
.
PG – Steve Nash/Goran Dragic
SG – Jason Richardson
SF – Grant Hill
PF – Amar’e Stoudemire
C – Jarron Collins
Fique de Olho – O armador esloveno aproveitou a dificuldade da defesa do Spurs em marcar os armadores e fez a partida de sua carreira. No jogo 3, ele anotou 23 de seus 26 pontos na partida no último quarto e pode ajudar muito o Suns fechar a série nesta noite.
Spurs (0) vs. Suns (3) – Um desastre
96X110
O San Antonio Spurs esteve a frente do placar por toda a partida, mas o Phoenix Suns, comandado por um iluminado Goran Dragic, conseguiu uma virada arrasadora e deixou o Spurs a uma derrota de ser eliminado, panorama que nenhum time na história conseguiu reverter.
Como era esperado, o técnico Gregg Popovich resolveu colocar Tony Parker de volta ao time titular, no lugar de George Hill, e manteve o restante dos titulares. O Spurs começou forte no ataque, com Antonio McDyess anotando os seis primeiros pontos do time, e segurou o ímpeto do Suns, que teve seu desempenho nos arremessos abaixo dos 40%, mesmo tendo Jason Richardson anotado 11 pontos. Matt Bonner saiu do banco e acertou duas cestas de três seguidas. Com 52,6% nos arremessos de quadra, o San Antonio fechou a frente o primeiro quarto com 28 a 19.
O banco de reservas do Spurs vinha fazendo boa partida, ajudando a manter a liderança, mas o time errava muitos lances livres. O Suns começou a reagir no segundo período, diminuindo a distância no placar, mas o San Antonio continuava com a liderança. A equipe texana chegou ao intervalo vencendo por 50 a 44.
Retornando à partida, o argentino Manu Ginobili entrou logo querendo manter a dianteira na partida, anotando oito pontos nos cinco minutos iniciais dos dez que fez no terceiro quarto. Depois da metade do período, o Phoenix começou a mostrar a que veio, com Steve Nash anotando dez pontos. O Spurs caiu de produção e foi para o tempo derradeiro vencendo por apenas um ponto; 72 a 71.
No último quarto, os dois times iniciaram com parte de seus reservas em quadra,;foi quando o Suns começou a dominar o jogo. Comandados pelo esloveno Goran Dragic e pelo brasileiro Leandro Barbosa, ambos selecionados pelo Spurs no Draft e depois trocados com o Suns, o Phoenix passou a frente no placar pela primeira vez na partida e já conseguiu uma vantagem acima dos dois dígitos. Dragic simplesmente acabou com o jogo, anotando 23 dos seus 26 pontos na partida no quarto período. O Suns acertou 71,4% (15 de 21) de seus arremessos de quadra no quarto final e derrotou mais uma vez o Spurs na série, com o placar de 96 a 110.
Veja os melhores momentos do jogo
Destaques da Partida
San Antonio Spurs
Manu Ginobili – 27 pontos, cinco assistências, três roubos de bola e 58,8% (10-17) nos arremessos de quadra
Tim Duncan – 15 pontos, 13 rebotes e três bloqueios
Antonio McDyess – 12 pontos e dez rebotes
Matt Bonner – 11 pontos
Tony Parker – Dez pontos e cinco assistências
Phoenix Suns
Goran Dragic – 26 pontos, 76,9% (10-13) nos arremessos de quadra e 100% (5-5) nos arremessos de três pontos em 17 minutos
Jason Richardson – 21 pontos e 71,4% (5-7) nos arremessos de três pontos
Grant Hill – 18 pontos e 63,6% (7-11) nos arremessos de quadra
Steve Nash – 16 pontos, oito rebotes e seis assistências
Leandro Barbosa – 13 pontos
Spurs (0) vs. Suns (2) – Semifinal de conferência
San Antonio Spurs vs. Phoenix Suns – Semifinal de conferência
Data: 07/05/2010
Horário: 22:30 (Horário de Brasília)
Local: AT&T Center
Situação do Jogo
O San Antonio Spurs volta aos seus domínios em uma situação complicada, pois o Phoenix Suns venceu as duas primeiras partidas em casa, e, assim, o time texano tem a obrigação de vencer para se manter vivo nesta série semifinal. Na história da NBA, 14 times conseguiram virar uma série de sete jogos após iniciar perdendo os dois primeiros jogos – dentre esses, se inclui o Spurs, em 2008, contra o New Orleans Hornets. Essa também é a maior vantagem que o Suns conseguiu numa série contra o Spurs na década, tentando vencer o San Antonio, que venceu consecutivamente quatro séries nos playoffs desde 2003. Porém, Steve Nash nunca conseguiu passar pelos texanos, e teve seis oportunidades na carreira. Os dois times vêm completos para o confronto dessa noite.
Série nos playoffs (0-2)
03/05/2010 – San Antonio Spurs 102 @ 111 Phoenix Suns
O trio Duncan-Parker-Ginobili teve boa atuação, mas não foi suficiente para vencer o Suns fora de casa no jogo 1 da série. A defesa não conseguiu parar Steve Nash e os arremessos de Jason Richardson castigaram o time texano, que ainda chegou a apertar o jogo no último quarto, mas saiu derrotado.
05/05/2010 – San Antonio Spurs 102 @ 110 Phoenix Suns
Spurs e Suns fizeram o jogo 2 da série e, embora o placar final tenha sido muito parecido, o que vimos foi uma partida com trajetória bem diferente da primeira. Dessa vez foram os texanos que lideraram durante quase todo o tempo e perderam a vantagem apenas nos momentos finais.
.
PG – Tony Parker
SG – Manu Ginobili
SF – Richard Jefferson
PF – Tim Duncan
C – Antonio McDyess
Fique de Olho – Jefferson foi uma peça chave para o bom início de partida no Jogo 2. Com 18 pontos e dez rebotes, foi de grande ajuda para o trio texano, e o time precisará de mais uma boa partida dele para alcançar sua primeira conquista na série.
.
PG – Steve Nash
SG – Jason Richardson
SF – Grant Hill
PF – Amar’e Stoudemire
C – Jarron Collins/Channing Frye
Fique de Olho – Frye fez uma ótima participação no Jogo 2, anotando 15 pontos, sendo todos em arremessos de três pontos. O Suns precisa da ajuda do seu banco para judar suas principais peças: Nash, Stoudemire e Richardson. Conseguir anular Nash pode ser vital para evitar a boa atuação dos coadjuvantes.
Você precisa fazer login para comentar.