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Hammon terá camisa aposentada pelo San Antonio Stars
O San Antonio Stars anunciou nesta quarta-feira (25) que aposentará a camisa #25, utilizada por Becky Hammon. A assistente técnica do San Antonio Spurs receberá a homenagem dia 25 de junho, no AT&T Center, quando a franquia da WNBA enfrenta o Atlanta Dream.

A camisa #25 utilizada por Becky Hammon será aposentada (Reprodução/thegoat.com.br/)
Hammon atuou durante 16 anos na liga feminina norte-americana. Durante sua carreira, apresentou médias de 13 pontos, 3,8 assistências e 2,5 rebotes em 27,9 minutos por exibição.
A passagem da atleta pelo Stars durou oito anos e foi até 2014, quando a ex-armadora se aposentou. Em San Antonio, a estrela apresentou médias de 15,6 pontos, 5,1 assistências e 2,6 rebotes em em 31,4 minutos por jogo. Anteriormente, havia atuado pelo New York Liberty.
Durante seus anos de WNBA, a ex-jogadora acumulou muitas conquistas. Foi seis vezes All-Star, duas vezes escolhidas para o All-WNBA First Team e duas para o All-WNBA-Second Team, além de ter liderado a liga em assistências em 2007.
Hammon ainda atuou pela seleção da Rússia nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, conquistando o bronze, e no Eurobasket de 2009, levando a prata.
Atualmente, fora das quadras e como assistência técnica do Spurs, a ex-jogadora atuou como treinadora do alvinegro de San Antonio na Summer League de Las Vegas de 2015. Assim, se tornou a primeira mulher a dirigir uma equipe da NBA e a primeira a ser campeã.
Estamos lá
Semana de fortes emoções para o San Antonio Stars. A equipe conquistou a vaga nos playoffs de 2014 da WNBA, e no mesmo dia fez a cerimônia de aposentadoria de Becky Hammon.
A vaga foi garantida na sexta-feira (dia 15), quando o time enfrentou o Minnesota Lynx e venceu por 92 a 76. Com o resultado, mais o jogo seguinte, contra o Chicago Sky no domingo (dia 19), com vitória por 84 a 72, fechou sua participação na temporada regular no terceiro lugar da Conferência Oeste, com campanha de 16 vitórias e 18 derrotas.
No ano passado, o Stars amargou uma queda antes de chegar à primeira fase dos playoffs. Na temporada atual, não fez feio e conquistou uma vaga em uma posição boa, na frente de adversários que imaginava-se que estariam em sua frente.
O Los Angeles Sparks ficou na quarta posição, com a mesma quantidade de vitórias e derrotas. O Seattle Storm acabou eliminado, com 12 jogos que terminaram positivos para o seu lado e 22 nos quais amargou o revés. Tulsa Shock, como era esperado, acabou em último lugar, apesar da clara evolução que demonstrou na temporada.
Para o Stars, ter ficado em terceiro lugar foi bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque o time se superou e venceu adversários que normalmente o passariam. Ruim porque encarará o Lynx, que ficou em segundo lugar no Oeste.
As atuais campeãs da WNBA não foram completamente dominantes neste ano. Inclusive, nos últimos cinco jogos, perderam quatro. Porém, são fortíssimas candidatas ao título. Com 25 vitórias e nove derrotas, o esquadrão comandado por Cheryl Reeves tem um elenco repleto de talentos individuais que sabe trabalhar em conjunto.
Para se sair bem na série, o Stars vai ter que trabalhar muito forte a defesa.
Ao analisar individualmente o papel de cada elemento do elenco texano no confronto direto com o adversário da pós-temporada, sem troca de posição, temos:
Danielle Robinson defendendo Lindsay Whalen, Danielle Adams (que vem sendo escalada como titular) defendendo Rebekka Brunson, Kayla McBride defendendo Maya Moore, Jayne Appel defendendo Janel McCarville e Becky Hammon defendendo Monica Wright.
Provavelmente, Hammon cumpra o papel de segurar Whalen ou Moore, uma vez que tanto Robinson quanto McBride não são páreao para a máquina que a ala do time adversário tem sido. Poucas jogadoras na WNBA são, na verdade.
Em um primeiro olhar, a perspectiva é de que o Stars vai ter muito trabalho nessa série. Sendo realista, as chances de o elenco texano passar para a próxima fase são bem pequenas. Mas, sendo positiva, não é impossível.

As homenagens para Becky Hammon não param. Sua carreira, que é um espelho e uma inspiração, deixa um legado para toda uma geração de garotas que sonham em chegar ao mais alto nível de basquete (sastars.com)
Há a vontade de Hammon de ganhar um título da WNBA antes de se aposentar, o time está bem renovado e entrosado, e pode dar uma certa dificuldade para o Lynx – como já aconteceu na temporada. No fim da coluna, você pode conferir a agenda do Stars para os playoffs.
No mesmo dia em que o time conquistou a vaga para os playoffs, Hammon recebeu uma bela homenagem no AT&T Center. Essa foi a do Stars, dentre as outras que já recebeu na WNBA. O Chicago Sky a honrou e o Seattle Storm também a presenteou.
No ginásio onde o San Antonio Spurs se tornou penta campeão da WNBA, Hammon, cercada de seus familiares e companheiros de trabalho, teve um momento dedicado apenas a ela, que teve uma carreira tão brilhante. Devido à chegada dos playoffs, o Vestiário Feminino vai dar uma pausa nos posts de retrospectiva de sua carreira. Porém, ao fim da participação das Stars na temporada da WNBA, uma série de textos sobre a ala-armadora figurará neste espaço.
O Stars encerrou sua temporada regular de uma maneira muito positiva e tem chances de fazer uma boa série de playoffs. Confira abaixo a agenda e não deixe de torcer!
PLAYOFFS 2014 – SAN ANTONIO STARS
Adversário: Minnesota Lynx
JOGO 1: 21 de agosto, quinta-feira, às 21 horas
JOGO 2: 23 de agosto, sábado, 20 horas
JOGO 3 (se necessário): 25 de agosto, segunda-feira (horário a ser definido)
Nos vemos no próximo domingo!
Tem uma garota no banco
Nesta semana, uma novidade tomou conta dos noticiários esportivos. Um time da NBA, pela primeira vez, contratou uma mulher. Não para o elenco de jogadores, mas para o cargo de assistente técnica. Esse time é o San Antonio Spurs e essa mulher é Becky Hammon.
O atual campeão da NBA foi pioneiro na ação. Essa é a primeira vez que uma franquia da liga masculina emprega uma mulher, que passa a fazer parte da folha salarial da equipe, para a função de assistente técnica. O Cleveland Cavaliers, na temporada 2001/2002, teve Lisa Boyre em seu banco, mas como voluntária. Hammon será a primeira contratada.
Quem acompanha o Vestiário Feminino já sabia que a ala-armadora havia passado um tempo com Gregg Popovich para aprender com o grande técnico um pouco da função de treinador, dando sinais de que já pensava além de sua carreira nas quadras.
Em 2013, Hammon passara por uma lesão que a obrigara a ficar afastada dos jogos, mas não da academia, e muito menos da bola laranja. Enquanto se recuperava, teve umas aulas com o comandante do Spurs, que a acolheu junto à sua comissão técnica. A jogadora foi bem recebida pelo time e ganhou um feedback muito positivo.
Há pouco mais de duas semanas, a jogadora anunciou que se aposentaria ao final da temporada de 2014 da WNBA. Após 16 anos de vida profissional na liga norte-americana, Hammon deixa um legado que o Vestiário Feminino começou a relatar há duas semanas (no último domingo, a coluna não foi publicada por motivos pessoais) e continuará nas demais.
A contratação de uma das principais jogadoras do basquete feminino mundial é uma porta aberta para um dilema que tem sido quebrado já há algum tempo. A presença de mulheres no ambiente de trabalho, principalmente em posições de liderança, deixou de ser tabu para virar realidade, mas as barreiras têm sido derrubadas em etapas. E o esporte é um dos ambientes onde elas ainda precisam de muito mais liberdade.
Para quem acompanha a WNBA, e principalmente para os torcedores do San Antonio Stars e admiradores de Hammon – que não necessariamente torcem para a franquia texana – saber que a jogadora que teve uma trajetória tão cheia de percalços chegou a um dos mais altos níveis do basquete mundial é motivo de muito orgulho.
Esse é apenas mais um capítulo da história tão inspiradora da garota que saiu de South Dakota para a maior liga de basquete do mundo e uma das franquias mais admiradas do universo da bola laranja. O Vestiário Feminino e o Spurs Brasil ficarão muito felizes em acompanhar sua trajetória entre os homens.

Becky Hammon e Gregg Popovicch durante um dos treinos do San Antonio Spurs. A equipe texana acabou a temporada como campeã, será que com a jogadora que se aposenta da armação nessa temporada o feito se repete? (Business Insider)
Em homenagem à guerreira – parte 1
Depois de 16 anos de WNBA, Becky Hammon anunciou nesta semana que se aposentará das quadras ao fim da temporada. Quem acompanha basquete feminino sabe o significado dessa jogadora, não somente para o San Antonio Stars, mas também para toda a modalidade. Por isso, o Vestiário Feminino vai apresentar nas próximas semanas textos especiais sobre a carreira dessa que é um dos principais nomes do esporte da bola laranja.
Essa que escreve essa coluna dominical é meio suspeita para falar sobre Hammon e tudo o que a envolve. Confesso que minha torcida para o Stars começou depois de vê-la jogar. Eu já torcia para o San Antonio Spurs e saber que ela estava na franquia “feminina” da equipe texana apenas me deixou mais à vontade.
Hammon é um exemplo não só em questão de estilo jogo. Ela é um espelho não somente para garotas que sonham em ser jogadoras de sucesso, mas para qualquer pessoa que tem um sonho e enfrenta circunstâncias adversas.
Nascida em Rapid City, no estado de South Dakota, uma região sem muita tradição no basquete, Hammon não teve as melhores oportunidades para chegar à carreira profissional. Com a Steven High School, chegou até a final estadual e perdeu para a escola Mitchell, quando marcou 29 dos 35 pontos de seu time.

Considerada a melhor atleta de sua cidade, Becky Hammon foi capa da previsão de um jornal local para a temporada tanto do futebol americano quanto do basquete feminino da Stevens High School em 1994 (Arquivo)
Mesmo com a média de 26 pontos por jogo em seu último ano do ensino médio, não conseguiu uma bolsa para uma universidade da primeira divisão da NCAA. Foi a Colorado State University que a acolheu. Na faculdade, bateu a maioria dos recordes, que são mantidos até hoje.
Depois de quatro anos na CSU e de ter levado a instituição a um Sweet Sixteen da NCAA, Becky acabou não sendo draftada no evento de escolha da WNBA de 1999. Uma equipe, porém, decidiu dar uma chance para aquela jovem de uma instituição sem tradição no universitário, o New York Liberty.
Seu primeiro contrato como profissional foi assinado em 12 de maio de 1999, um dia depois de seu aniversário. Na franquia nova-iorquina passou oito temporadas e se tornou um dos principais nomes do basquete feminino. Apenas em 2007 foi enviada para o San Antonio – à época Silver – Stars por meio de uma troca no Draft daquele ano.

Becky Hammon começou sua carreira no New York Liberty, onde sua vida profissional decolou (Facebook)
E é nesse Stars que tantas alegrias conhecemos com essa “baixinha”. Foi em 2007 que a franquia chegou pela primeira vez aos playoffs, com um time memorável. Perdeu para o Phoenix Mercury logo na primeira rodada, e o time do Arizona terminou como o campeão da temporada. Mas o ano de ouro mesmo foi 2008.
Com uma campanha extraordinária de 24 vitórias e dez derrotas e o primeiro lugar da Conferência Oeste, San Antonio chegou à Final, quando perdeu para o Detroit Shock.
Em 2011, Hammon recebeu uma de suas maiores honras da carreira. Foi escolhida entre as 15 melhores jogadoras de todos os tempos da WNBA no 15º aniversário do campeonato. A ala-armadora foi contemplada junto a Sue Bird, Tamika Catchings, Cynthia Cooper, Yolanda Griffith, Lauren Jackson, Lisa Leslie, Ticha Penicheiro, Cappie Pondexter, Katie Smith, Dawn Staley, Sheryl Swoopes, Diana Taurasi, Tina Thompson e Teresa Weatherspoon.

Becky Hammon foi escolhida uma das 15 melhores jogadoras da WNBA de todos os tempos, junto a nomes lendários da liga (WNBA.com)
Continua na próxima semana…
Dia de festa
Neste sábado (19), o Jogo das Estrelas da WNBA aconteceu em Phoenix, na casa do Phoenix Mercury. Leste e Oeste se encontraram em duelo eletrizante, com direito a prorrogação e placar parelho. Nessa festa, o San Antonio Stars tinha uma representante, Danielle Robinson.
Com atuação discreta de 13 minutos e seis pontos, a armadora do time texano começou irreconhecível, mas depois passou a ter uma representação maior no jogo. Apesar da baixa pontuação, teve uma bela jogada após cruzar toda a quadra com a bola e marcar dois pontos com uma bandeja realizada entre duas adversárias.
O Jogo das Estrelas deste ano foi, de fato, especial. Com um dos melhores elencos, contou com uma surpresa inesperada. Shoni Schimmel, a novata do Atlanta Dream, surpreendeu a todos com sua atuação de 29 pontos. Foi eleita a MVP do duelo especial.
Outro nome especial foi o de Érika de Souza. Essa, não pelo seu rendimento no jogo, mas pelo que representa para o basquete brasileiro e para a WNBA. Substituindo Elena Delle Donne, a pivô foi titular do elenco do Leste e anotou oito pontos.
A presença do Jogo das Estrelas na cidade de Phoenix foi muito importante, pois esse é um local onde o basquete é fortemente presente, tanto na NBA quanto na WNBA. Na liga feminina, especialmente, a franquia tem feito por merecer. Com a melhor campanha do Oeste (18 vitórias e 3 derrotas), o esquadrão comandado por Sandy Brondelo tem um dos elencos mais fortes do campeonato e uma das torcidas mais apaixonadas dos Estados Unidos.

O Jogo das Estrelas contou com enterrada de Britney Grinner não só durante o treino (Divulgação/Phoenix Mercury)
O Phoenix Mercury também já se tornou campeão da WNBA em duas oportunidades (2007 e 2009), ou seja, tem história. Além disso, fora de quadra, é uma das equipes que mais se esforça para levar entretenimento e novidades específicos para o público. O site é completo e as redes sociais da franquia nunca deixam a desejar.
A festa foi bonita. Apesar dos desafios individuais não terem acontecido (desafio de habilidades e de três pontos), o jogo e tudo o que o envolveu foi muito legal. Vale muito a pena para os outros que acontecerem.
Enquanto isso, o Stars teve um único jogo na semana, contra o Tulsa Shock. O placar final foi de 95 a 90 com atuação de destaque por parte de Sophia Young, que marcou 16 pontos e acertou os seus seis arremessos de quadra. Com o resultado, a equipe continua com a terceira colocação da Conferência Oeste.
Na terça-feira, ambos os times se reencontram. Na sexta, o Stars tem o Minnesota Lynx como adversário, seguido do Indiana Fever, em confronto que ocorre no sábado.
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