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Spurs (16-4) vs Rockets (9-9) – O Texas tem dono
114×92
O San Antonio Spurs recebeu na noite da última sexta-feira (7) o Houston Rockets em clássico texano válido pela temporada regular da NBA. Sem dificuldades, bateu o adversário por 114 a 92 e manteve a terceira colocação do Oeste, atrás de Memphis Grizzlies e Oklahoma City Thunder, respectivamente. A partida marcou a volta do ala Danny Green ao time, após ausência na vitória diante do Milawukee Bucks. Veja abaixo o que de melhor rolou no duelo.

Parker, mas uma vez, foi o nome do jogo (D. Clarke Evans/NBAE/Getty)
Quem para Parker?
A princípio, ninguém. No vitória, o Tony Parker teve papel decisivo e pôde até mesmo ser poupado por Gregg Popovich, tamanha a facilidade da equipe já em meados do terceiro quarto. Sem marcação pesada do adversário – James Harden teve sérios problemas ao tentar conter o francês – o armador somou nada menos do que 17 pontos, sendo o cestinha do Spurs na partida. Impressionou a porcentagem de arremessos e o tempo de quadra para chegar ao desempenho: ele precisou de apenas 25 minutos ativo e acertou nada menos do que sete dos nove chutes que tentou na noite. Desempenho quase perfeito.

Duncan fez mais um double-double (D. Clarke Evans/NBAE/Getty)
Força do banco
Colaborou muito, novamente, para vitória do Spurs a prestatividade dos atletas vindos do banco. A lista de jogadores machucados assusta, mas mesmo assim a equipe se mantém fiel ao seu estilo de jogo e divide muito bem a pontuação. Não à toa que Manu Ginobili, Tiago Splitter e Patrick Mills, todos reservas, superaram a marca dos dez pontos. E nos momentos mais cruciais da partida, como quando a franquia definiu sua vitória, ainda no terceiro período.
É destaque também a (outra) boa atuação do armador Nando De Colo. Após polêmica com sua passagem relâmpago pela D-League, o atleta se mostra cada vez mais solto na NBA. Pontuou razoavelmente bem, mas se destaca mesmo pela inteligência em dar passes e pelo ótimo posicionamento – misturado com uma dose de porte atlético – para pegar rebotes na defesa. O valor do francês só tem a aumentar ao longo da temporada.
Ano do Brasil na NBA
Há algum tempo que os jogadores brasileiros não tinham um ano tão bom na NBA. Falo de Anderson Varejão, pivô do Cleveland Cavaliers que faz temporada espetacular, e de Tiago Splitter, que assume com cada vez mais destreza a posição conferida a ele no elenco do Spurs. Reserva com tempo de quadra considerável, ele tem conseguido pontuar com mais facilidade e se mostra muito mais útil ao time. Fez contra o Rockets mais uma partida muito boa.
Volta, Kawhi!
Para não dizermos que a partida foi perfeita, lembrando o lema de Gregg Popovich de caçar erros, fica como ponto negativo a marcação à estrela adversária. Esse vinha sendo o papel de Kawhi Leonard antes de sua lesão e ficou vago após a mesma. Ontem Harden foi mal na defesa, mas deitou e rolou no ataque.
Destaques da partida
San Antonio Spurs
Tony Parker – 17 pontos e sete assistências
Tiago Splitter – 15 pontos e seis rebotes
Tim Duncan – 12 pontos, 12 rebotes, três assistências e dois tocos
Manu Ginobili – 12 pontos, cinco rebotes e três assistências
Patrick Mills – 12 pontos e três rebotes
Gary Neal – 12 pontos
Houston Rockets
James Harden – 29 pontos, cinco assistências, quatro roubadas de bola e três rebotes
Patrick Patterson – Dez pontos, cinco rebotes e cinco assistências
Jeremy Lin – Dez pontos, três assistências e duas roubadas de bola
Spurs (15-4) vs Rockets (9-8) – Temporada Regular
San Antonio Spurs vs. Houston Rockets – Temporada Regular
Data: 07/12/2012
Horário: 23h30 (Horário de Brasília)
Local: AT&T Center
Cotação no Apostas Online: Spurs 1.24 (favorito) vs. Rockets 4.14
Embalado por conta das vitórias diante do Memphis Grizzlies e do Milwaukee Bucks, o San Antonio Spurs agora tem em seu próximo desafio um clássico local. O duelo diante do bom time do Houston Rockets talvez seja uma prévia do que pode vir pela frente nos playoffs, já que a franquia vermelha, após a adição de James Harden e Jeremy Lin, vem fazendo bons jogos e se fixando entre os oito melhores da Conferência Oeste. Do lado dos donos da casa, Patrick Mills e Danny Green são dúvidas, enquanto Stephen Jackson e Kawhi Leonard seguem fora.
PG – Tony Parker
SG – Gary Neal
SF – Boris Diaw
PF – DeJuan Blair
C – Tim Duncan
Fique de Olho – Vivendo seu melhor momento na temporada, Tony Parker terá papel crucial no duelo contra o Rockets, uma vez que é no perímetro que os adversários têm sua maior força. Além de lidar com as investidas de Jeremy Lin, o francês terá que ir muito bem para ultrapassar a ótima defesa de James Harden, que provavelmente fará sua escolta no jogo.
PG – Jeremy Lin
SG – James Harden
SF – Chandler Parsons
PF – Patrick Patterson
C – Omer Asik
Fique de Olho – O Rockets vem de importante vitória sobre o Los Angeles Lakers, na qual James Harden teve números muito bons. Com 15 pontos, dez rebotes e seis assistências, o ala-armador ainda foi o pesadelo de Kobe Bryant na defesa e, cada vez mais, vem assumindo com destreza o papel de principal jogador dos vermelhos texanos.
Salvem a NBA!
Estão destruindo a NBA. Aquele que deveria ser o responsável por zelar pela melhora e pelo crescimento da maior liga de basquete do mundo está acabando com um patrimônio que não é dele. David Stern, o comissário que manda e desmanda na associação, faz de tudo para estragar um campeonato que, ano a ano, perde em carisma e, evidentemente, em apreciação do público. Com regras estranhas e punições nonsense, o mandatário coleciona inimigos e aos poucos vai minando a imagem construída há mais de meio século.

Stern em momento no qual provavelmente pensava em algo para piorar a NBA (Divulgação)
O problema não é a punição imposta ao San Antonio Spurs por atuar com seus reservas diante do atual campeão Miami Heat, em jogo que tinha grande apelo televisivo. Esse ato é apenas a ponta de um iceberg podre que cresce ao mesmo tempo em que diminui o carisma da NBA. Chegamos ao ponto em que um técnico não tem liberdade de armar seu time da maneira que lhe convém. É o patamar no qual a liga julga quem é e quem não é bom o suficiente para estar em quadra em uma noite pela qual a televisão esperou muito.
Não quero dizer que ter James Anderson em quadra é suficiente para atrair o público. Mas não é essa a questão essencial do esporte. Como não é, na essência mais pura de todas, vencer. E muito menos vender. O basquete – e a NBA, por mais acima que esteja das outras ligas, ainda faz parte da modalidade – é mais do que tudo uma competição divertida, atlética. Se é encarada como negócio e se comporta assim, que no mínimo sejam respeitadas as premissas básicas e os jogadores básicos, aqueles que não são estrelas mas que se fazem essenciais na formação de elencos decentes.
O problema, como disse, é que a punição é apenas a ponta. O que dizer da ejeção de Rasheed Wallace, do New York Knicks, por gritar que a bola não mente ao ver o adversário errar um lance livre originário de uma falta supostamente inexistente? Sheed foi desrespeitoso? Sim. Mas para isso serve a falta técnica. Que não serviu para o caso pois teve sua existência banalizada quando passou a ser utilizada para punir jogadores que enterram e ficam pendurados no aro por mais tempo do que julgam necessários os árbitros.
Não temos mais um Michael Jordan. A liga sofre para achar uma figura que o substitua em carisma, já que dentro de quadra a produção de talentos segue em alto nível. Mas qual competição ganhará seu público se a proibição vira uma banalidade que tira completamente a falta do jogo? É uma equação impossível de dar certo. A tentativa do esporte de criar bons moços está atrapalhando o desenvolvimento de bons jogos, de duelos inesquecíveis. Qual duelo da última temporada foi histórico ao ponto de ser lembrando como é, por exemplo, a série final entre o Utah Jazz de Karl Malone e o Chicago Bulls de Jordan?
Se agradecemos por regras atuais serem novas e não terem barrado a existência de personalidades como Dennis Rodman, Karl Malone, Patrick Ewing e o próprio time do Detroit Pistons, que ganhou o apelido de Bad Boys por seu comportamento temperamental como equipe, ao mesmo tempo temos que lamentar. Para o futuro, ficará a imagem de uma NBA que tentou se transformar em formadora de bons moços e esqueceu seu passado.
É isso que queremos?
Eu não.
Michael Finley pode voltar à NBA
Se o San Antonio Spurs procura um ala para substituir os lesionados Kawhi Leonard e Stephen Jackson, a solução pode ser “caseira”. De acordo com informações da imprensa norte-americana, o ala Michael Finley, que já está aposentado, está planejando um retorno à NBA ainda nesta temporada.

Será que ele volta?
Aos 39 anos, Finley manifestou em janeiro o desejo de voltar. O retorno do amigo Rasheed Wallace ao New York Knicks nesta temporada aumentou a vontade e pode transformá-la em realidade. Os planos do ex-ala envolvem um retorno para a D-League, liga na qual ficam jogadores sem espaço na NBA, no intuito de chamar a atenção de alguma franquia.
Vindo do Dallas Mavericks na temporada 2005-2006, Finley chegou aos Spurs já veterano e foi parte importante do último título conquistado pela franquia, em 2006-07. Vindo do banco, pontuava com consistência. O ala terminou sua carreira em 2010, atuando pelo Boston Celtics. Nas 17 temporadas em que atuou na NBA o ex-jogador apresentou médias de 15,7 pontos e 4,4 rebotes por exibição.
Spurs não procurou Mickael Pietrus
Diferente do que foi noticiado pela mídia norte-americana, o San Antonio Spurs não chegou a fazer uma proposta para o ala francês Mickael Pietrus, agente livre que defendeu o Boston Celtics na última temporada. De olho no mercado por conta das lesões dos alas Kawhi Leonard e Stephen Jackson, o time tem sido centro de diversas especulações nos últimos dias.

Fica para a próxima? (David Dow/NBAE/Getty Images)
As especulações eram de que o Spurs teria oferecido um contrato mínimo para o atleta, que prontamente havia negado a proposta por esperar um salário maior. O jornal francês Le Parisien, porém, informa nesta quinta-feira que sequer foi feito qualquer tipo de contato entre a franquia e Pietrus. A falta de confirmação do interesse aconteceu por conta da aposta do Spurs em jogadores que já haviam feito parte do elenco, mas que estavam na D-League: Cory Joseph e James Anderson.
Os dois jogadores estiveram presentes no banco durante a vitória sobre o Boston Celtics, mas não foram acionados por Gregg Popovich. Sem Jackson e Leonard, o treinador optou por colocar Gary Neal como titular e deu mais minutos para os jogadores do banco. O novato armador Nando De Colo e o pivô brasileiro Tiago Splitter estiveram entre os maiores beneficiados pela nova rotação montada pelo técnico.